Anatomia de um Assassino (Body Parts, EUA, 1991) – Eric Red

★★★

Thriller com elementos de ficção-científica e horror, baseado em um conto da dupla de escritores franceses Pierre Boileau e Thomas Narcejac (os mesmos responsáveis pelas tramas que originaram filmes como As Diabólicas de Clouzot e Um Corpo que Cai de Hitchcock).

Bill Crushank (Jeff Fahey) é um pai de família, bem casado e trabalha como psiquiatra que estuda a mente de criminosos, e tenta escrever uma tese sobre a origem do mal.

Um dia, indo para a penitenciaria, entrevistar um detento, Bill sofre um acidente de carro, e perde um braço.


A Dra. Agatha webb (Lindsay Duncan) convence a esposa de Bill (Kim Delaney) a transplantar o braço de um criminoso condenado no corpo do protagonista.

Com o braço novo Bill sente que este age de forma autônoma de vez em quando, e que o protagonista acaba sendo assaltado por visões e tendo um comportamento agressivo, bem diferente do que era.

E isso é só o começo de uma trama que terá desdobramentos cada vez mais malucos, envolvendo outras pessoas que tiveram partes do assassino transplantadas, incluindo um corpo com a cabeça... e que quer suas partes de volta! Tudo isso até chegar no clímax, uma sangrenta matança em um hospital.


Dirigido por Eric Red, roteirista de A Morte Pede Carona e Quando Chega a Escuridão e diretor do eficiente filme de lobisomens, “Lua Negra”, é notável como o filme começa morno e vai pegando fogo aos poucos, até chegar um nível de loucura, com direito a sangue e membros amputados.

No elenco secundário temos o sempre adoravelmente maldito Brad Dourif (Um Estranho no Ninho, Exorcista 3, a voz original do Chucky no Brinquedo Assassino original, etc, etc, etc) e o Zakes Mokae (A Maldição dos Mortos-Vivos do Craven) como chefe de polícia.

Algumas perspectivas de Bill, quanto a sua busca pelo mal, são ingênuas e tolas. Mas o filme supera seus delizes com cenas tensas, como a do acidente, e bizarras, como a da operação, que parece um pesadelo surreal, e claro, o amalucado e sangrento clímax.

Esquecido hoje em dia, vale a conferida. 



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