★★★
Giallo
rápido e divertido do prolífico e polivalente Umberto Lenzi (1931-2017), que
para quem ta chegando agora e não conhece o cara, com quase 70 títulos no currículo,
ele transitou por quase todos os gêneros do exploitation italiano. Só para ter
uma ideia, foi Lenzi que praticamente criou o subgênero de filmes de canibais
com o seu Il Paese del Sesso Selvaggio (1972).
Aqui
temos uma trama simples e direta, um grupo de turistas norte-americanos viaja
pela Espanha, entre Barcelona e Sitges, mas uma série de assassinatos brutais,
tendo como vítimas garotas, cujo olho esquerdo é extirpado
pelo assassino, nos faz crer que entre os turistas há um maníaco homicida.
O
filme rapidamente nos apresenta o grupo heterogêneo, temos um casal (Silvia
Solar e Daniele Vargas), um pai com pinta de texano (John Bartha) que não
desgruda da filha adolescente (Veronica Mirel), um padre intrometido (George
Rigaud), um casal de lésbicas (Ines Pellegrini e Mirta Miller), um guia turístico
metido a engraçadinho e com cara de tarado (Ralf Baldassare), obviamente todos
suspeitos, e para engrossar a lista temos o executivo Mark Burton (John
Richardson), que se junta ao grupo atrás de uma das turistas, Paulette Stone
(Martine Brochard), que é sua secretária e amante.
Para
investigar o caso temos o Inspetor Tudela (Andres Mejuto), um policial veterano
que está em sua última semana de trabalho, e não vê a hora de se aposentar para
pescar, e seu futuro substituto, o novato Inspetor Lara (José Maria Blanco).
Este
é um filme dinâmico, com uma satisfatória contagem de corpos, momentos
sangrentos, nudez, reviravoltas e uma revelação final realmente surpreendente. O
‘visual’ do vilão, que troca as tradicionais luvas de couro preta, sobretudo, chapéu e navalha,
por capa de chuva e luvas vermelhas e uma faca longa, dá um visual sinistramente interessante.
O
que mais gostei foi a personagem de Ines Pellegrini (atriz de Salò), uma
negra lésbica que é apresenta como apenas mais uma garota fútil no começo do
filme, mas que vai crescendo até se torna uma das peças na caça ao assassino.
Tipo de empoderação que só se via na época no cinema exploitation.
Vale muito uma conferida.
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