★★
Obscuro horror gótico italiano dirigido pelo não menos
obscuro Filippo Walter Ratti, cujo último filme que realizou foi o divertido
giallo malucão I Vizi Morbosi di una Governante.
La Notte dei Dannati (A noite dos Malditos, em português) começa nos introduzindo aos personagens
principais. Temos o jornalista investigativo Jean Duprey, interpretado pelo
francês Pierre Brice, mais conhecido como o índio Winnetou, na série de
westerns alemães com o personagem, ele também aparece no clássico terror
italiano O Moinho das Mulheres de Pedra. Duprey é um Sherlock Holmes genérico
e moderno, só que troca-se o Watson por uma esposa, a bela Danielle (Patrizia
Viotti).
Duprey recebe uma carta de um velho amigo, o excêntrico Guillaume de Saint Lambert (Mario Carra). O casal resolve visitar o castelo do velho amigo do marido, mas encontra o anfitrião em um estado de saúde deplorável. Sendo cuidados pela sua esposa, a sinistra Rita (Angela de Leo) e um médico ainda mais sorumbático (Alessandro Tedeschi). Guillaume conta ao amigo que sua família é acometida por uma maldição ancestral e que ele descobriu uma verdade terrível.
O filme que começa parecendo ser um giallo pastiche de Conan
Doyle e Agatha Christie, logo vira um genérico de A Queda da Casa de Usher de
Poe (fico até pensando se o nome Duprey não seria inspirado no detetive Dupin,
que apareceu pela primeira vez em Os Crimes na Rua Morgue?). E logo filme dá
uma nova guinada, com o dono do castelo morrendo, Danielle tomada por pesadelos,
e Rita se revelando uma bruxa que mata mulheres em um ritual cheio de fumaça de
gelo seco e mulheres peladas.
O grande problema de La Notte dei Dannati é que ele é
insosso e sonolento pra cacete! Custa a acontecer algo de substancial. O que
salva são as locações do castelo, sempre à luz de velas, o que garante o climão
gótico, pena que só. Talvez sua frouxidão justifique seu obscurantismo.
Há um corte alternativo deste filme com enxertos de cenas de
sexo explícito, obviamente que não é a versão que vi. Infelizmente.
O resultado final ficou aquém do esperado. Uma pena.
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