★★★★★
Uma família padrão burguesa espanhola sofre com o sequestro da
filha pequena.
O pai (Pedro Casablanc), a mãe (Elisabet Gelabert) e Alex
(Zack Gómez), o filho mais velho, estão profundamente abalados. Até que em uma
noite recebem a visita de um sinistro e misterioso homem de preto (Ramiro Blas)
que alega estar em posse da menina, e que esta só será libertada se um dos
familiares confessar um segredo específico, caso ao contrário, ao amanhecer, a
garota será morta.
A obra começa com carinha daqueles thrillers assépticos de Supercine, mas, no seu desenrolar, vai
se transformando num pesadelo surreal. A imagem límpida e idônea da bela
família tradicional vai se desmoronando. Com direito a brutalidade física e
psicológica. Roubo, desonestidade, ataques homofóbicos estão na cardápio de segredos, assim como humilhações sexuais e violência extrema estão na lista de corretivos.
Perturbador, brutal e inquietante, Bajo la Rosa (a explicação para o título original é bem interessante) se vale de um elenco bem afinado e de uma trama muito bem urdida, em que as peças de um quebra-cabeça maldito.
O diretor novato, Josué Ramos (em seu segundo longa) conduz a obra com segurança e precisão, sem encheção de linguiça, praticamente minimalista, o o interior da casa é o cenário de quase todo filme. Tudo aqui tem seu propósito.E o filme ainda tem o golpe baixo de, na cena mais brutal de todas, usar como trilha sonora, o Inverno de Vivaldi, uma das composições mais sublimes do mundo.
Bajo la Rosa é um filme que deve ser visto. Daquelas obras
impactantes que vai deixar tua mente martelando por horas depois da exibição.
Mais do que uma grata surpresa, é umm dos melhores filmes dos últimos anos.
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