★★★★
Por trás deste título poético temos um filme de ação made in Hong Kong estiloso e estilístico, realizado por um dos mais bem sucedidos diretos daquelas bandas.
Tyler
(Nicholas Tse) é um barman, que depois de uma noite de bebedeira, acaba
engravidando uma garota, que na verdade era uma policial em missão e lésbica.
Na tentativa
de ajudar a mãe do seu filho, apesar da recusa desta, Tyler consegue um trampo
numa agência de guarda-costas falcatrua.
Num desses
encontros casuais da vida, nosso atrapalhado protagonista conhece o lacônico
Jack (interpretado pelo cantor e astro do rock chinês Wu Bai), cuja esposa
também está grávida e seu sogro é um homem poderoso, embora ele, Jack, trabalhe
em um açougue.
Como nem
tudo se parece, Jack é um ex-mercenário que pretende levar uma vida honesta. Claro
que algumas arestas do passado de Jack começam a apontar. E claro que o caminho
de Tyler e Jack, irão se cruzar mais de uma vez.
Tsui Hark aqui
apostou em um experimentalismo narrativo e visual, mexendo com perspectivas a
todo instante, e se a trama trança as pernas lá pelas tantas, sobra cenas de
ação estonteantes, principalmente uma caçada dentro de um prédio à la COHAB de
Hong Kong.
Sem falar na obsessão com pombos, também visto nos filmes de John Woo, deve ser uma pira dos caras de lá.
A parte
técnica é um assombro, tanto na edição quanto na fotografia, até os golas rolês
do Les Cahiers du cinema se renderam as pirotécnicas de Hark, elegendo o filme
uma das melhores fotografias daquele ano.
Um
espetáculo.
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