★★★★
O lendário ator, diretor e coreógrafo Sammo Operação Dragão
Gordo Hung resolveu aproveitar a esteira dos filmes de ação bélicas, após o
sucesso de Rambo II, e resolveu lançar este híbrido de filme de guerra com
filme de kung fu made in Hong Kong. Na verdade a inspiração mesmo vem do clássico Os Doze Condenados do Robert Aldrich.
Aqui dez presos chineses são mandados para uma missão
suicida, ir até o Vietnã, e encontrar um arsenal secreto de mísseis que os
americanos esconderam na selva, mas não usaram na guerra (ou seja, o filme se
passa na época contemporânea, pós-guerra), isto antes que forças inimigas
(comunistas?) peguem os mísseis para eles.
Esse esqueleto de trama serve de pretexto para muita
pancadaria, inúmeras acrobacias, tiros, explosões e dublês voando pelos ares,
do que o melhor do cinema orgânico e físico do oriente pode oferecer (quando me lembro de vocês
elogiando Maligno e suas lutas de CGI, chega a me dar uma depressão).
Apesar da ação non-stop, o filme reserva uma carga
dramática, sempre lembrado o quanto uma guerra é uma merda. Há até uma homenagem
ao O Franco Atirador, com a famosa “roleta russa”, aqui envolvendo crianças,
o que é particularmente perturbador.
O elenco é uma espécie de ‘all-star’ da produtora Golden
Harvest, além de Sammo Hung, temos o astro Yuen Biao – como uma espécie de
mascate da selva vietnamita, e obviamente perito em artes marciais e que acaba
se juntando ao grupo, temos ainda atores característicos como Billy Lau, Wu Ma,
Charlie Chi (galãzinho genérico made in China do Charlie Sheen?), os diretores
Corey Yuen, Woo-ping Yuen, Dick Wei, etc... o filme se dá ao luxo de ter até um
vencedor do Oscar no elenco, o cambojano Haing S. Ngor (Os Gritos do
Silêncio) como um tio aparentemente louco.
Um clássico do cinema casca-grossa.
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