★★★
Folk horror
independente dirigido por duas mulheres, realizado com poucos recursos, e que
alcança alguns resultados curiosos.
Já no
prólogo temos, em uma festa de ciganos, uma mulher que pega seu marido em
flagrante, transando com sua melhor amiga. A cigana despeitada, que também é bruxa, mata o marido e
joga uma praga na amiga, amaldiçoando toda a linhagem dela, mas esta mata a
esposa traída, aparentemente antes de consumar a maldição. Logo entra em cena a
irmã da amante que ajuda a enterrar o corpo da morta e, para que a maldição não
se concretize, amputa a mão que a amante usou para matar a moça, e repousa a
mão decepada na boca da defunta e assim enterra-a. Se por acaso a mão for
separada do crânio, a maldição se concretizará.
Admita, não
é um começo interessante? Só nos primeiros minutos aqui têm mais ação que toda
a filmografia do Ari Aster!
Depois o
filme pula 22 anos aonde o filho da cigana de uma mão só irá se casar com uma
moça norte-americana (interpretada por Izabela Vidovic, filha de uma das
diretoras). Só que o cadáver da cigana morta com a mão na boca está enterrado
no quintal do pátio, e isso é o começo de algumas confusões e reviravoltas
dignas de telenovelas, mas que alcançam um clima interessante.
O filme tem
seus problemas, como o orçamento limitado, o elenco fraco, onde muitos ali não convencem
como ciganos, a inexperiência das diretoras, as já citada reviravolta bobinha.
Por outro
lado, ao tratar de bruxaria cigana admito que não conheça nada de sua cultura,
portanto não tenho ideia o que aqui foi invenção do roteiro e o que realmente
faz parte do folclore deste povo – de qualquer modo o filme cria uma mitologia
própria e um clima original. Principalmente em elementos fantásticos, como as
plantas espinhosas que parecem ter vidas próprias. sem falar no terço final, com direito a possessões e sangramentos.
Mesmo que você não vá curtir, tem de admitir que aqui tem ideias instigantes.
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