★★★
Pérola do
cinema vagabundo que chama a atenção pelo elenco ‘all-star’ do horror.
Temos aqui o Dr. Ramsey (Herbert Rudley), um cirurgião que
está prestes a se enforcado, acusado injustamente, segundo ele, do assassinato
de seu agiota.
Aos 45 do segundo tempo, Ramsey é salvo pelo seu antigo professor,
Sir Joel Cadman (Basil Rathbone). Que dá ao pobre desgraçado uma droga indiana
que o próprio Cadman chama de “Sono Negro” (olha o título original, aí), na
verdade um poderoso medicamento que leva o usuário a catatonia. Dado como morto
na cela, Ramsey é despachado pro necrotério, até cair nas mãos de Cadman, que
lhe aplica um antídoto, e assim o condenado volta à vida.
De volta a vida, mas com outra identidade, Ramsey aceita trabalhar
como ajudante de Cadman, em suas pesquisas neurológicas.
Ao chegar no castelo do Sir, Ramsey descobre que o local é um
hospício clandestino, com alguns loucos perigosos, depois descobre que os ‘loucos’
são frutos de fracassados experimentos cerebrais de Cadman, que tenta analisar
o funcionamento do cérebro humano, para rescussitar sua amada, em coma cerebral.
Provavelmente Ramsey deve ter ser ligado que era mais lucro
ter morrido que caído naquela roubada.
Além de Basil ‘Sherlock Holmes’ Rathbone, temos um mordomo
mudo interpretado por Bela Lugosi – reza a lenda que Lugosi, aqui em seu último
filme acabad, teria
detestado o fato do papel sem falas e azucrinou o diretor Le Borg, para satisfazê-lo,
o diretor dirigiu algumas cenas dele com diálogo, mas deixou na lata de lixo da
edição). Como os pacientes loucos temos Lon Chaney Jr. (também num papel sem
falas, mas segundo consta, não estava nem aí, ao contrário de Lugosi), Tor
Johnson e o melhor de todos, John
Carradine, numa caracterização que lembra o Gandalf de O Senhor dos Anéis.
Para completar o time, temos Akim Tamiroff (A Marca da Maldade, Alphaville), substituindo Peter Lorre, que teria pedido um cachê muito alto. O curioso é que Tamiroff, como o auxiliar cigano de Cadman, faz uma imitação notável de Peter Lorre.
O diretor Le Borg já era um veterano do cinema B, dirigindo
filmes de terror vagabundo desde os anos 40, provando que experiência não é
talento, já que faz mau uso do elenco que tem em mãos, com exceção de Rathbone,
que brilha como o médico enlouquecido, e Carradine, hilariante, o resto não tem
muito o que fazer. E pior, Le Borg acaba deixando o filme em sua maior parte
muito verborrágico, mas a bagunça que vira o terço final compensa. Um caos que
dá gosto de ver. Se o filme era comportado até então, aqui temos inclusive cenas de cirurgia cerebral (!!!),
Uma obra curiosa que, pelo bem ou pelo mal, vale uma
conferida. Nem que seja para ver os atores clássicos em cena.
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