★★★★
Cultuado sci-fi/terror B britânico. Tem tanta coisa estranha,
bizarra e surreal aqui, que o filme ganha um clima de um pesadelo filmado.
O pequeno Tony (Simon Nash) ficou traumatizado ao testemunhar
o próprio pai ser abduzido por uma forma triangular luminosa no céu (seria um
triângulo voador?).
Três anos depois, cai na terra uma asquerosa criatura
alienígena, que acaba sendo atropelada por um casal. Claro que o monstro mata os dois (o monstro mata o homem furando seus olhos com a língua!) e invade a casa de uma loira (Susie Silvey).
Antes de morrer, a criatura violenta a moça, que logo em seguida cresce uma
barriga monstruosa e está morre parindo um homem adulto (!!!), nada menos que
Sam (Phillips Sayer, falecido em 1989 de câncer de pulmão), o pai de Tom que
foi levado pelos ETs.
Sam resolve retornar para a sua casa, mas encontra sua esposa
(Bernice Stegers) vivendo com outro homem, o fotógrafo Joe (Danny Brainin).
Sam acaba ‘contaminando’ o filho, cujos pesadelos começam a
materializar-se. Enquanto tenta se reaproximar da esposa, o atual companheiro
desta tenta ligar Sam ao assassinato de uma moça.
Tem muita loucura para um filme só. Além da moça parindo um
adulto, e cenas de violência bem gráficas (em eficientes efeitos e maquiagem), marca presença aqui a atriz Maryam D’Abo (007 –
Marcado para a Morte) estreando no cinema, além de contar com generosas cenas de
nudez, ela termina presa em um casulo, soltando ovos alienígenas! Temos ainda um anão assassino vestido de palhaço; um
soldadinho de chumbo, que ganha o tamanho de um ser humano adulto e mata uma
velhinha chata; um tanque do exército de brinquedo que solta tiros, entre
outras bizarrices.
O diretor Harry Bromley Davenport chegou a afirmar
posteriormente que o tom surreal do filme não era intencional, sorte de
principiante (era seu segundo longa), é justamente o clima doidão que fez a
fama do filme e o torna uma experiência fascinante. Você pode até achar o
material repelente, mas não pode negar seu teor hipnótico.
Existe cópias com vários cortes por aí (algumas edições não
tem o ataque do soldado de chumbo a velhinha, por exemplo) – reza a lenda que
há uns três finais diferentes por aí. A que eu vi, com vários clones de Tony,
era a que o diretor queria, mas foi rejeitado pelo produtor, então encaramos
como um ‘final alternativo’ (um DVD com todos os finais como extra, seria um
luxo, não?).
Teve duas continuações, sobre a direção do mesmo Davenport.
Se ainda não viu, mas gosta de coisas bizarras e peculiares,
corra atrás.
Xtro era o nome do zine do Law Tissot, né? Nunca vi esse filme. Que viagem! Valeu a dica.
ResponderExcluirAcho que tu vai curtir.
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