Bruxas – Encontros Diabólicos / O Feitiço das Almas (La Casa 4 / Witchcraft, Itália, 1988) – Fabrizio Laurenti
★★
Porcaria italiana
produzida por Joe D’Amato e estrelado por David Hasselhoff e Linda Blair. Tem como
resisitir?
Primeiramente
atente para o título original italiano, ele seria o seguimento de La Casa 3,
do mesmo ano e dirigido por Umberto Lenzi, mas que não tem nada a ver. Mas afinal,
qual é a La Casa 1 e 2? Assim como Fulci fez seu Zombi 2, como uma ‘continuação’
do clássico Dawn of the Dead do Romero, aqui também roubaram de uma franquia
norte-americana, e não, não é de House (que aqui no Brasil se chamou A Casa
do Espanto), mas de nada mais nada menos que Evil Dead! Que na Itália foi
batizado de La Casa”e que naquela altura estava na parte 2. A cara de pau da
italianada não tem limites!
Explicado isso,
vamos ao filme de fato.
Nota: o que uma
garota virgem, que estuda ocultismo, vai fazer num local famoso por
assombrações e bruxarias, quando TODO mundo sabe que adultas virgens servem para
rituais de magia negra?
Para completar, vão para lá também uma família
burguesa chata, cuja filha está grávida (interpretada pela Linda Blair), que
teria comprado as ruínas para revitalizá-la, acompanhados do vendedor (Rick
Farnsworth) e uma engenheira (Catherine Hickland, que na época contracenava com
Hasselhoff no seriado Super Máquina).
Ia me esquecendo, na ilha também habita uma velha
bruxa que usa batom rebocado (a veterana alemã Hildegard Knef, em papel
planejado para Bette Davis!).
O filme era para ter sido dirigido pelo veterano Luigi Cozzi, que acabou abandonando a barca ao ser negado o direito de fazer alterações no roteiro, e o filme caiu nas mãos do iniciante Fabrizio Laurenti, escondido por trás do pseudônimo de Martin Newlin.
Nota: o roteiro deste filme é obviamente muito ruim, mas conhecendo o 'talento' de cozzi como roteirista, acho que não faria muita diferença.
A inaptidão do novato fica patente já no começo, com uma trama confusa em que se amontoam as subtramas de forma quase aleatória. E a primeira metade do filme é uma lenga-lenga que é praticamente um convite ao sono.
Inesperadamente o filme melhora em sua segunda
metade com um gore caprichado, com cenas sangrentas, sendo a melhor a da velha
que tem a boca costurada (e que virou cartaz do filme) para logo em seguida ser
colocada de cabeça para baixo numa chaminé e ter sua cabeça queimada em uma
fogueira.
No frigir dos ovos, La casa 4 é um filme ruim
de doer, mas que vale por algumas cenas delirantes e sangrentas em sua segunda
metade.
Para se ver apertando o botão do FF.
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