Offseason (EUA, 2021) – Michael Keating

★★★

Marie Aldrich (Jocelin Donahue de Doutor Sono, Velozes & Furiosos 7, Sobrenatural 2, etc, etc, etc) é uma garota que recebe uma carta avisando que o túmulo de sua mãe foi vandalizado. A moça, com seu companheiro George (Joe Swanberg), vão até o cemitério onde está enterrada a progenitora, que fica numa ilha.

Ao chegarem à ilha, o casal encontra habitantes e lugares estranhos, e Marie se lembra de uma história que sua mãe contava, de que os habitantes da ilha teriam feito pacto com um demônio que vive nas águas que circundam a ilha.



Produção de baixo orçamento da Shudder, é praticamente um xerox pálido de Lovecraft (principalmente do conto The Shadow over Innsmouth). Parece que a qualquer momento vai surgir um Dagon ou Cthulhu, pena que o orçamento não permitiu esse tipo de extravagância.

De qualquer forma é um filme bem climático, com um ritmo daqueles que os norte-americanos gostam de dizer que ‘queima lentamente’. O diretor Keating, que também é escritor, faz o que pode com o orçamento limitado. 

Sem pirotécnicas nos efeitos e um final que se prevê a léguas de distância, o que salva o filme é o tom soturno, surreal e delirante. Em muitos momentos parece que estamos em um pesadelo. A névoa, os cenários e a fotografia inteligente são os destaques. O elenco, embora não seja nenhuma Brastemp, não compromete.

Absolutamente não há nada de novo aqui, não vai ficar entre os melhores do ano e talvez eu esqueça dele na semana que vem. Porém, se você gosta de um horror lovecraftiano e quer um passatempo rápido (o filme tem menos de uma hora e meia), pode tentar.



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