★★★
Ok, aqui estamos diante de mais um folk horror de época com
cara das produções da A24, principalmente A Bruxa.
Na verdade The Cursed é uma variação interessante do mito
do lobisomem (não confundir este filme com Amaldiçoados (Cursed) aquela
porcaria do Wes Craven).
O filme começa em 1917. Nas trincheiras da Primeira Guerra
Mundial. Quando um soldado baleado vai para uma barraca do hospital
improvisado, e o médico tira de dentro do paciente, entre os festins alemães,
uma bala de prata.
Embarcamos num flashback de 35 anos atrás.
Os que os mercenários promovem é um massacre dantesco – em
uma das cenas mais impressionantes do filme, eles colocam um saco na cabeça de
um cigano, arranca suas mãos e pés, colocando palha no lugar, e amarram o corpo
agonizante em uma cruz de madeira e o colocam de em pé, criando um bizarro e
sinistro espantalho humano. Os mercenários também enterram viva a matriarca dos
ciganos. Claro que a velhinha vai jogar uma maldição nos homens brancos da
região. Maldição que envolve uma dentadura de prata, adorada pelos ciganos.
Depois do massacre, uma criança desenterra a tal dentadura e
coloca na boca, se transformando assim no primeiro monstro. E começa os
ataques, quem sobrevive acaba se tornando outra besta, criando um caos na
comunidade.
Chega a cidade um patologista ambulante, John McBride (Boyd
Holbrook), cuja família tinha sido morta, anos atrás, pela Besta de Gévaudan,
e ele usa todos seus conhecimentos para enfrentar as criaturas.
O roteiro toma uma liberdade factual, já que a ação se passa
no final do século XIX, e a lendária Besta de Gévaudan, um dos casos reais
envolvendo supostos lobisomens, teria realmente ocorrido há mais de cem anos,
por volta de 1764-1767.
Embora com quase duas horas de duração, o filme carece de um
roteiro mais consistente e melhor desenvolvimento dos personagens, apesar dos
esforços do ator Boyd Holbrook, seu personagem não desperta grande simpatia,
assim como o casal de crianças (interpretados por Amelie Crouch e Max Mackintosh),
filhos inocentes do cruel líder dos latifundiários, a quem a narrativa deveria
dar uma atenção especial, mas são outros que não despertam grandes empatias,
apesar do garoto ter sido uma das primeiras vitimas da licantropia causada pela
maldição cigana.
Apesar de suas deficiências e seja um tanto irregular, The Cursed vale uma espiada, seja pelo seu visual deslumbrante e algumas cenas marcantes.
Eu gostei bastante!
ResponderExcluirO pessoal tem adorado. Eu gostei, mas acho que algumas escolhas ali foram equivocadas. Bom, mas isso é minha ranzinzisse, né? Hahaha! Abração Grande Coffin!
ExcluirEu achei o melhor filme do ano. Gostei bastante mesmo.
ResponderExcluirTamo junto!
O pessoal tem adorado ele. Ainda acho cedo para escolher o melhor do ano, mas em se tratando de lobisomem acho que não aparecerá nenhum melhor que ele este ano. Abraços!
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