Projeto Caça ao Lobo (Neugdaesanyang, Coréia do Sul, 2022) – Kim Hongsun

★★★★

Que insanidade foi esta diante dos meus olhos? Um mix de ação, sci-fi, horror lavado em baldes de sangue.

Imaginem uma mistura de filmes como Con-Air, Duro de Matar e alguns de seus genéricos como The Raid e A Força em Alerta, agora misture com elementos de ficção de filmes como Alien – O Oitavo Passageiro e O Predador, com pitadas de Frankenstein. Acrescente fartas dose de violência extrema digna de A Noite nos Persegue, com litros e litros de sangue. Imaginou? Isso dá uma ideia aproximada do que é este Projeto Caça ao Lobo.

Um grupo de criminosos sul-coreanos de alta periculosidade, presos nas Filipinas, estão prontos para serem extraditados para a terra natal, em uma viagem de navio de três dias.

Um grupo de bandidos infiltrados na tripulação começam um motim e libertam a bandidagem, para desespero dos policiais a bordo. Começando uma carnificina no navio.

Sobrando poucos tiras, e alguns dos bandidos libertos deixando seu sadismo e psicopatias aflorarem, a merda parece estar feita, mas nada é tão ruim que não possa piorar. 

Na grande virada da trama, digna do melhor cinema B. Há no porão do navio, transportado em estado de coma induzido, uma espécie de protótipo de soldado zumbi, uma arma militar aparentemente imortal e imbatível, com força e velocidade sobre-humanas. E é claro que o monstro desperta de seu sono e começa a estraçalhar policiais e bandidos indiscriminadamente. Aumentando consideravelmente a contagem de cadáveres, membros decepados e sangue escorrendo. Policiais e bandidos, isto é, o pouco que restou da tripulação, precisarão se unir para escapar da sana assassina da criatura.

Como pode perceber, se você é fã de filmes de ação casca-grossa e de horror gore borbulhante, este é seu filme! A ação é quase continua e a tensão é levada a níveis altos.

Sem falar no design bacana do monstro implacável, um cara grandalhão e com os olhos costurados, mas que enxerga mesmo assim (???), detectando as pessoas pelo calor á moda de O Predador. 

A duração de quase duas horas e a matança incessante pode cansar um pouco o espectador médio. Porém, o roteiro se dá ao luxo de ter uns plot twists, o que garante a atenção, sem falar no final, com uma brecha para uma continuação.

 O diretor sul-coreano Kim Hongsun (As Faces do Demônio) parece se divertir muito, se esbaldando num playground do inferno. Embora seja sul-coreano, este Projeto Caça ao Lobo se adequa mais ao cinema realizado na Indonésia, cometido por gente como Gareth Evans e Timo Tjahjanto.

Se tiver estômago fraco e sensibilidade apurada, passe longe. Agora, como já salientei, se você caça diversão sangrenta e brucutu, o que está esperando?