★★★
“Este cálice
é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em
memória de mim”
Coríntios
11-25
(esta
citação não está na série, catei no Google, mas poderia estar...)
Depois da
cerveja sem álcool e do café descafeinado, o que mais poderiam inventar? Sim,
vampiros católicos!
Piadas (e
spoilers) à parte, sabemos que isso já não é novidade, afinal, já tivemos um
padre vampiro em Sede de Sangue (Thirst, 2009) de Park Chan-Wook, estrelado
pelo Song Kang-Ho, o Ricardo Darín da Coréia do Sul.
Crockett é
uma ilha isolada, cuja comunidade é formada por pescadores pobres e decadentes.
Chega a ilha o filho pródigo Riley Flynn (Zach Gilford), que passou uma
temporada na prisão após atropelar e matar uma moça, enquanto dirigia bêbado.
Chega também à ilha um padre novo e carismático (Hamish Linklater). O que
acarretará estranhos ‘milagres’ e uma fissura na já combalida relação social do
local.
Esta badalada minissérie da Netflix é carregado de temas cristãos, como culpa, arrependimento, busca da redenção, etc, etc, etc...
O problema é o falatório, a minissérie, que carrega a arrogância de se achar mais relevante do que é; então dá-lhe discursos... praticamente todos os personagens centrais tem seu momento de epifania discursiva. É tanto blábláblá e trololó que chega a pesar os olhos em alguns momentos. Também dá a impressão de que se enxugassem os diálogos, a minissérie de mais de 7 horas, viraria um longa de 3, 2 horas, mas o criador Mike Flanagan tem uma queda pelo melodrama...
Mas nem tudo
são pedras, a obra tem um visual interessante e grandes momentos, como a cena
dos gatos mortos na beira da praia, o suicido de um personagem, tornado
vampiro, numa canoa ao nascer do sol.
O elenco é
bom, com destaque absoluto para Samantha Sloyan como a repulsiva beata Bev, sua
caracterização é digna de vilã da novela das nove.
Fora isso,
Missa da Meia-Noite é cheia de referências bíblicas, ao Salem’s Lot de
Stephen King, ao Nosferatu, etc.
Claro que
vale uma conferida.
7 horas de vampiros católicos? Nem fodendo! hehehe Mas valeu pela dica e continue com o BLOGBLOB !!!
ResponderExcluirNão é tão ruim quanto parece, mas também não achei tão bom quanto falam. Hehehe.
ExcluirGosto mto! Mas vc apontou um problema do qual a série padece: o falatório! Vou cometer uma heresia -rsrs-, ao rever "O Imperador do Norte" eu o considerei superior ao clássico "Vinhas da Ira" no quesito "filmes sobre a era da depressão nos EUA", e o motivo foi justamente q Aldrich não tem conversa, vai direto ao ponto, e olha q Ford não era mto diferente, mas em "Vinhas..." aqui e acolá (e no final!) Ford resvala no tom discursivo.
ResponderExcluirA "Missa da Meia-Noite" falha no timing do falatório. Ultrapassa o interessante e chega as raias do enfadonho em muitos momentos.
ExcluirE obrigado pelo comentário Du Aguilar! Abração!
Vou ver se mantenho o hábito de passar por aqui! Abração!
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